Eis-me acordado
Com o pouco que me sobejou da juventude nas mãos
Estas fotografias onde cruzei os dias sem me deter
E por detrás de cada máscara desperta
A morte de quem partiu e se mantém vivo...
A luz secou na orla desértica da cidade
Escrevo para sobreviver
Como quem necessita de partilhar um segredo...
Este corpo em que me escondi... gastou-se...
Quantas noites permanecerão intactas no fundo do mar?
Com o pouco que me sobejou da juventude nas mãos
Estas fotografias onde cruzei os dias sem me deter
E por detrás de cada máscara desperta
A morte de quem partiu e se mantém vivo...
A luz secou na orla desértica da cidade
Escrevo para sobreviver
Como quem necessita de partilhar um segredo...
Este corpo em que me escondi... gastou-se...
Quantas noites permanecerão intactas no fundo do mar?
O rosto ainda jovem
Foi o tesouro de seivas que me entonteceu
Pelo corpo condeno-me à vida
De susto em susto à inutilidade da escrita...
Mas eis-me acordado
Muito tempo depois de mim
Esperando por alguma fulguração do corpo esquecido
À porta do meu próprio inferno...
Al Berto
Foi o tesouro de seivas que me entonteceu
Pelo corpo condeno-me à vida
De susto em susto à inutilidade da escrita...
Mas eis-me acordado
Muito tempo depois de mim
Esperando por alguma fulguração do corpo esquecido
À porta do meu próprio inferno...
Al Berto
1 comentário:
Será pois a tua escrita, que dizes inútil, que manterá a porta do teu inferno fechada...
Fica um beijo
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